Durante muito tempo, o povo acreditou que a mudança viria quando novas pessoas chegassem ao poder. Quando apareceu uma prefeita jovem, simpática e cheia de palavras bonitas, muita gente se encheu de esperança. Ela dizia que ia cuidar do povo, que ia fazer diferente, que a honestidade seria prioridade. Mas, pouco tempo depois, o que se viu foi o contrário, luxo, desperdício, vaidade e descaso. Enquanto o dinheiro público era usado para ostentação e aparência, o povo seguia sofrendo com escolas abandonadas, ruas esburacadas e hospitais sem remédio.
O sentimento de decepção foi enorme. A prefeita, que prometia ser o símbolo da mudança, acabou mostrando que o problema não é só quem está no poder, mas o que cada um faz quando chega lá. A corrupção não tem rosto nem gênero. E o mais triste é ver que muitas mulheres, que antes simbolizavam a esperança de um novo jeito de governar, estão repetindo os mesmos erros de tantos homens que usaram a política para se enriquecer e enganar o povo.
Isso mostra que o poder corrompe quem entra nele sem caráter. Não importa se é homem ou mulher, quando falta consciência e respeito com o dinheiro público, o resultado é o mesmo, o povo é enganado, e a cidade continua parada no tempo. A política virou palco para mentiras bem ensaiadas, e a população, cansada, se acostumou a ser enganada.
Mas é hora de abrir os olhos. É preciso entender que quem mente e desvia recursos não merece confiança. O voto não pode ser trocado por sorriso, promessa ou presente de última hora. O povo precisa aprender a cobrar, acompanhar e exigir que cada centavo seja usado com transparência. Só assim a política pode voltar a servir quem realmente precisa.
Enquanto o eleitor continuar acreditando em discursos prontos e fotos bonitas, vai continuar sendo enganado. A mudança verdadeira não começa na prefeitura, começa na consciência do povo. E quem engana a população, seja homem ou mulher, precisa ser lembrado não como exemplo de vitória, mas como símbolo da vergonha política que o Brasil precisa superar.
